A história se desenrola a partir da queda de um pequeno avião executivo na floresta amazônica e todos os passageiros morrem, menos um. No hospital, Jovino Pereira do Nascimento, o sobrevivente de A Vida Pregressa de WQ, pistoleiro profissional e ex-membro da polícia civil do Rio de Janeiro, conta sua história a um interlocutor não identificado, o leitor, que, no final é quem irá desvendar toda a trama narrada. WQ, na tentativa de projetar-se como um dos “pilares morais” da sociedade grapiúna, depois de graves acontecimentos que protagoniza, vai dedicar-se a todo tipo de mutreta, entre as quais o contrabando de drogas da Colômbia, de armas do Paraguai: o avião em que vinha de lá trazia justamente isso, drogas e armas para abastecer traficantes cariocas, paulistas, baianos, quem mais der. Este A Vida Pregressa de WQ é um retrato do Brasil de nossos dias, e tal a obra dos cronistas de antanho, servirá não apenas como absorvente e gostosa leitura atual, mas, no futuro, aos pesquisadores que se interessem em refazer nossa época turbulenta.
(Marcos Santarrita)
Nenhum comentário:
Postar um comentário